Arte e Fotografia ainda fazem parte desse blog
Nossa faz tempo que não escrevo sobre fotografia e a final de contas esse é um blog de um fotógrafo.
Acontece que muita coisa tem mudando nestes últimos semestres e a sobrevivência de um profissional de fotografia numa cidade grande, como muita concorrência e poucas ofertas de oportunidades para bons trabalhos, acabam ficando restritas aos grandes nomes de mercado. Eu não estou nem perto disso apesar de ter trabalhado para os grandes durante cinco anos de minha carreira, porém no universo publicitário a coisa é ainda mais restrita. Não basta ter nome no mercado, é preciso estar sempre atualizado com técnicas novas, equipamentos novos e investir pesado em marketing e infra estrutura moderna. O mundinho publicitário vive de muito glamour e de aparências, mas no dia a dia mesmo o bicho pega e muitas vezes agentes prestadores de serviços e até mesmo grandes agencias passam meses sem uma boa conta de cliente para trabalhar. Essa é a verdade do mercado carioca, o resto é ficção científica.
Bom, meu objetivo neste post é retomar o contato com temas ligados a fotografia e a arte. Essa introdução foi mais um desabafo para compartilhar com vocês a minha angústia em períodos de recessão.
Gostaria de compartilhar um gráfico interessante que encontrei sobre os princípios fundamentais da fotografia. Apesar de ser um tema bastante discutido nos cursos e bem básico para quem já trabalha profissionalmente com foto, ou faz renda extra com fotografia, penso que vale a pena sempre ter na mão uma referencia até mesmo para poder dialogar com os clientes.
Gráfico de Rudimentos Fotográficos
Só pra lembrar que a fotografia é técnica - pois há uma ciência por trás do "simples" apertar de botão - mas também é arte pois o ser humano que aperta o botão é quem decide quando, como e para que direção e finalidade irá disparar e registrar aquele momento único, fazendo a mágica acontecer.
O tripé básico da fotografia ilustrado no gráfico é o ISO, o OBTURADOR e a ABERTURA.
A Exposição indicada são parte de correções ou finalidades autorais, mais artísticas onde sabendo-se onde está a medição ponderada (correta, equilibrada) o fotógrafo pode adicionar seu tom artístico a imagem.
Imaginemos uma linha vertical cortando este gráfico de cima a baixo.
Supondo que essa linha seja a medição ponderada (key light) de uma certa cena ou objeto a ser fotografado. Por exemplo, com ISO 400 temos uma velocidade de 1/2 seg., com DIAFRAGMA f.4 sem compensação de exposição. Isso é ciência: um conjunto de mecanismos que capturam a imagem.
A parte sensível ou criativa do funcionamento é, como disse anteriormente, diretamente relacionada como a habilidade, experiência e capacidade técnica do olhar de nosso amigo fotógrafo.
Sabendo-se disso, esse profissional tenderá mais para a esquerda do gráfico ou para a direita conforme seu objetivo, sabendo pré-visualizar mentalmente antes mesmo da imagem ser formada no visor qual será o resultado daquela exposição fotográfica. E aí está o grande efeito mágico que a fotografia exerce sobre o ser humano: a capacidade de capturar momentos únicos da vida e transforma-lo em uma obra de arte imagética, que poderá alimentar muitos sonhos, projetar num espaço tempo futuro aquilo que um dia - por frações de segundo - foi a impressão única de um momento singular.
Para ilustrar esse poder de captura do equipamento fotográfico, separei algumas galerias fotográficas que vi recentemente por aí. Elas ilustram perfeitamente esse senso de fotografia e arte que há no registro do fazer fotográfico.
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