Dois amigos conversavam.
Amigo, onde tem um cabra parado, outro pára pois pensa que é uma fila. Outro pergunta: Mas fila pra quê?
O primeiro diz: Sei lá... Se a fila tá grande é porque deve ser coisa boa, saca?
Brasileiro é esperto, gosta de tirar vantagem. Malandragem é tanta que não sabe onde começa e nem termina seu direito. Prefere pagar antes por algo - privilegiado pensa - quando na verdade o serviço é gratuito. Ou pior, paga pois pensa que o serviço público é bom pois é pago, quando na verdade já está pagando duas vezes. Só em um povo "esperto", acostumado a ser escravizado, é que se instauram boatos que viram verdades, a partir da ânsia por serem libertados.
Gostaria de manifestar aqui que acredito muito na força do momento que podemos participar. Diria até que melhor momento não há para se fazer parte. E melhor é estar em um ambiente acadêmico. Pois.
As discussões estão ligadas pela força inerente as nossas convicções, também as legítimas reivindicações.
Não devemos porém crer que a coisa vai andar sozinha, guiada pela direção do vento, mas por um bom timoneiro. Quem é este?
Digo com convicção que este não deve ser nenhum dos que aí estão no governo, no governo da instituição chamada Brasil. E a barca não é fácil nem possui manual de instruções. Mas temos todas as condições para assumir o controle, só não deixe de me perguntar como.
A nossa força reside justamente na união e na partilha do conhecimento em cooperação que levará nosso país ao rumo certo. Chegou a hora de mudar a lógica da divisão, da competição, do conflito, da luta pela sobrevivência, nada mais justo lutar para sobreviver, porém sob bases protocooperativas.
De certo que as bases que farão esse ajuste na direção não advirão das antigas normas de construção de ideais. Nós sabemos que o capital está falido. Sabemos que o sistema é forte mas está caótico. E que políticos não desejam reformar sua política porque isso feito, implica em um tiro no próprio pé. Alguém tem alguma dúvida sobre isso?
São novas as normas que devem emergir do âmago das questões expostas nas ruas. Que são tão claras como estão claras as respostas evasivas daqueles que pretendem respondê-las, sem imergir verdadeiramente na resolução do inevitável - o caos que precede a mutação.
Não serão referendos nem plebiscitos, nem novas leis ou nova constituição que arrumarão a casa. Esta precisa ser esvaziada completamente e reocupada novamente, como um mal que é cortado pela raiz. E ninguém disse para você ao certo qual deverá ser cortada primeiro. Caberá à nós a força necessária para arrancar as mais profundas raízes desse mal que insiste em suas ramificações. Se vamos ao trabalho ou se vamos a luta, o que seria indispensável ao entrar no campo das batalhas, no campo das conquistas e das realizações?
Como já disse, temos as ferramentas e um inacreditável indicador a nosso favor - a hora é agora, o tempo chegou e está correndo mais rápido do lado de lá. Pragmático, pois a verdadeira necessidade em criar do zero o tempo que será nosso. Que seja ideológico até quando tivermos a capacidade de concebê-lo. Então, acredito que amanhã e depois estará em nossa consciência - e essa é a dádiva - que nos permite estar aqui e agora fazendo a nossa própria história! Vamos pra rua conquistar o que já é nosso!
Sem bandeira, sem cor, sem classe, sem hierarquia
Em uníssono, em espírito, em coração, em verdade!
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