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Universidades discutem seu papel e funções na sociedade do futuro

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III Encontro Internacional de Reitores Universia reúne mais de 1.100 reitores e presidentes de universidades de mais de 30 países no Rio de Janeiro

O III Encontro Internacional de Reitores Universia tem quatro grandes objetivos:
1. Fortalecer e confirmar a aposta de todos na modernização da universidade;
2. Conhecer novas referências e tendências que permitam uma evolução sólida da estrutura, organização, governo e gestão universitária;
3. Descobrir novas ferramentas que facilitem a liderança social da universidade;
4. Valorizar a importância da universidade como geradora de conhecimento e como alavanca decisiva no desenvolvimento econômico e social dos diferentes países.


Nesta segunda-feira (28), a programação III Encontro Internacional de Reitores Universia conta com os seguintes debates:

# A Universidade hoje: Como nos veem? Como nós vemos?

# A Universidade e os estudantes: as nossas universidades respondem às necessidades dos estudantes?

# Qualidade e renovação do ensino: respondem às necessidades sociais?

# Investigação, inovação e transferência: é possível um passo à frente?

# Universidade e o entorno social: como podemos contribuir para o desenvolvimento de nossas sociedades?


Para esta terça-feira (29) os temas são:

# Universidade, sociedade e meio ambiente: estamos comprometidos com o nosso tempo?

# Internacionalização: Quais metas? Qual ritmo? Com que estratégias?

# A Universidade e os professores: Do que os professores precisam? Que professores precisaram?

# Organização, governo e financiamento: em que devemos mudar?

# A universidade e as tecnologias: qual o impacto?




No encontro, 1.103 reitores e presidentes de universidades de 33 países se reúnem para debater sobre os desafios que as universidades enfrentarão sobre a Educação Superior nos próximos anos, além de definir qual papel terão no desenvolvimento e crescimento mundial. “Nunca houve uma reunião tão relevante com representantes máximos de tantos países diferentes”, falou Botín.
Universidades de todos os continentes estão presentes no encontro: 80,5% da América Latina, 15,3% da Europa, 2,1% dos Estados Unidos e Canadá, 1,5% da Ásia e Oceania e 0,5% da África. Ao final do evento serão reunidas as conclusões dos debates entre os reitores para a evolução do ensino universitário.

"A Universia tem a sua força e razão de ser, precisamente, nas universidades hoje presentes e em seu compromisso" , falou Botín.

Além das discussões, o encontro tem a proposta de facilitar que os representantes das instituições de ensino se aproximem e troquem experiências - o que contribui (e muito) para o desenvolvimento da educação universitária. Para isso, são oferecidos espaços e salas para reuniões entre as instituições participantes. “Está nascendo uma nova sociedade, na qual o real e o virtual se entrelaçam e convivem. Essa sociedade irá desenvolver suas atividades em um cenário muito diferente do atual. Trata-se de um cenário em constante mudança devido à revolução tecnológica e digital”, comentou Botín.

“As sociedades que forem capazes de se desenvolver em conjunto com essa mudança de era, que conta com o vento favorável da revolução tecnológica e digital, irão gerar emprego qualificado e mais competitividade, internacionalização, progresso e bem-estar”, finalizou.




Nas edições anteriores, o Encontro Internacional de Reitores Universia reuniu, respectivamente, 975 reitores em Guadalajara, no México (em 2010), e 490 em Sevilla, Espanha (em 2005).
Acompanhe toda a cobertura do III Encontro Internacional de Reitores Universia aqui na Universia Brasil e no site www.universiario2014.com

Sobre a Universia


A Universia é uma rede de colaboração universitária que integra 1.290 instituições de Ensino Superior em 23 países iberoamericanos, que contam com 16,8 milhões de alunos e professores sendo 76% da comunidade universitária iberoamericana.

As melhores frases do primeiro dia do III Encontro de Reitores Universia


“Professor de verdade tem amor por seus alunos”, diz Reitor da UNAM

Reitor da mexicana UNAM, José Narro, diz como deve ser o professor nos próximos 5 anos.

“Prioriza-se o lucro e não a educação”, diz Vice-Reitor do Unicesumar

Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor da Unicesumar, diz que repensar o futuro se torna vital para as universidades.

“As universidades precisam de mais agilidade”, diz Reitora da PUC-SP

Reitora Anna Maria Marques Cintra comenta como as universidades adquirem agilidade e adaptabilidade diante das novas tendências da educação.

“Toda aprendizagem é social”, diz Reitora da PUC-SP

Reitora Anna Maria Marques Cintra, da PUC-SP, comenta o uso das mídias sociais na educação.

“A pesquisa atualiza, inova e qualifica as atividades acadêmicas”, diz reitor da UFRJ

Reitor da UFRJ, Carlos Levi, fala sobre a importância da pesquisa e os desafios da universidade no III Encontro Internacional de Reitores Universia.

“O grande desafio da Educação é chegar a todos”, diz ex-reitor da Universidade de Salamanca

Don Ignacio Berdugo falou sobre os temas que serão discutidos no III Encontro Internacional de Reitores Universia.

Presidente do Santander abre III Encontro Internacional de Reitores Universia no Rio

Fonte: DivulgaçãoO III Encontro Internacional de Reitores Universia reúne mais de 1.100 reitores e presidentes de universidades de mais de 30 países no Rio de Janeiro.

Don Ignácio Verdugo dá continuidade aos discursos do III Encontro Internacional de Reitores

Na manhã dessa segunda-feira, no Rio de Janeiro, reitores de mais de 30 países se reúnem para discutir o futuro da educação superior.

Universidade ainda é lugar de elite, diz Reitor da PUC-RS

Reitor da PUCRS comenta sobre o tema durante o III Encontro de Reitores Universia, que acontece no Rio de Janeiro.

MiríadaX oferece ensino superior gratuito aberto em espanhol e português

Os presidentes da Telefônica, César Alierta, e do Banco Santander, Emilio Botín, apresentaram na tarde deste domingo (27), no Rio de Janeiro, a primeira plataforma de e-learning em língua espanhola e portuguesano mundo: MiríadaX.

Trata-se de uma plataforma de massive open online course (Mooc’s) – curso online aberto em massa, em inglês -, baseada na aprendizagem colaborativa. Os cursos são livres (qualquer pessoa pode fazê-los independentemente do nível de instrução), gratuitos e a distância. Atualmente, são 33 universidades latino-americanas que oferecem um total de 153 cursos através da MiríadaX, entre elas a prestigiadaUniversidade de Salamanca, na Espanha. A plataforma conta ainda com uma comunidade de 990 professores e 750 mil alunos inscritos.

"As novas tecnologias são fundamentais para ajudar na propagação do conhecimento. Na América Latina, encontramos uma necessidade crescente de educação e uma geração que demanda claramente por tecnologia. Isso suporta uma base sólida para o sucesso de MiríadaX. Sem conhecimento não há inovação”, falou Alierta.

Do ponto de vista econômico, o presidente da Telefônica destacou a formação e o conhecimento como pontos-chaves na competitividade dos países. “Nesse sentido, a tecnologia e a digitalização são cruciais. MiríadaX é um meio de comunicar-se e de educar-se."
Para Botín, a educação online tem potencial para revolucionar a própria história do mundo.
“A imprensa foi uma revolução e, certamente, o conhecimento que pode ser transmitido através da internet é, possivelmente, a próxima grande inovação educacional que temos o privilégio de estar vivendo”, disse.
A plataforma oferece às equipes docentes das 1.290 universidades iberoamericanas parceiras da rede Universia uma plataforma para a publicação e compartilhamento de Moocs. “As universidades enfrentam o desafio de utilizar a tecnologia como elemento de trabalho diário que as ajudem a adquirir uma perpectiva atual e eficaz, além de incorporar estratégias que façam parte ativa da sociedade”, falou Botín.
“As instituições têm a prioridade de adaptar a sua oferta acadêmica ao novo tipo de estudante. A MiríadaX permite que os professores difundam o seu trabalho a todo aquele que tenham necessidade de aprender cada vez mais e melhor. Educação é um objetivo prioritário”, completou Botín.
A apresentação de MiríadaX abre a programação de eventos do III Encontro Internacional de Reitores Universia, que reúne mais de 1.100 universidades de 31 países no Rio de Janeiro, nesta segunda e terça-feira, para discutir o futuro da Educação Superior. Também estavam presentes o CEO da rede Universia,Jaume Pagés; o Reitor da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), José Narro; Reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Joaquim Clotet e o presidente da Conferência dos Reitores das Universidades Espanholas (CRUE) e Reitor da Universidad de Zaragoza, Manuel J. López Pérez.
"Concluir um curso em MiríadaX pode ser um ativo muito importante no currículo", falou Pagés. 

Para o Reitor da UNAM, "educação é um bem público que todos os indivíduos devem ter acesso".
"O conhecimento é o principal motor da nossa sociedade. Contribui para o desenvolvimento das pessoas e para a resolução de problemas. MiríadaX é um projeto de qualidade que pretende oferecer uma educação de qualidade para milhões de estudantes de todas as partes do mundo. Não se trata de educação de segunda categoria. É uma opção para que as pessoas aprendam e não apenas tenham diplomas", disse.
"É uma plataforma excepcional que oferece cursos online gratuitos para a população independentemente da idade, classe social ou vínculo com a universidade. O ensino online exerce um papel insubstituível em nosso mundo moderno. É uma alavanca em prol do acesso ao conhecimento e da cultura", completou o Reitor da PUC-RS.
"Para ter um mundo mais justo precisa ter mais educação. Precisamos trabalhar mais por educação. MiríadaX promove uma educação global, social e acessível. É uma oportunidade de democratizar a educação", finalizou o Reitor da Universidad de Zaragoza, na Espanha.

Brasil no MiríadaX


Em 2014, três universidades brasileiras vão disponibilizar seus cursos em MiríadaX: Unisinos, PUC-RS e Anhembi Morumbi. A partir de agosto, a Unisinos oferecerá um curso sobre Empreendedorismo. Os cursos das demais instituições ainda não têm data prevista de lançamento.
"A PUC-RS acaba de assinar um convênio com a MiríadaX. Estou muito otimista. A educação online facilita o acesso ao conhecimento e ao progresso do país", falou o Reitor da da PUCRS, Joaquim Clotet. 
A MiríadaX nasceu de uma iniciativa da Telefônica e da Universia, que é promovida pela Divisão Global Santander Universidades. O projeto fomenta a difusão de conhecimento aberto em um Espaço Iberoamericano de Educação Superior, seguindo o caminho de outras iniciativas anteriores como o Open Course Ware, que começou na Universia em 2005. As universidades interessadas em cadastrar seu curso na MiríadaX pode obter mais informações através do e-mail relacionamento@universia.com.br
Leia também:
» Conheça todas as universidades participantes do III Encontro Internacional de Reitores Universia
» Siga a cobertura do III Encontro Internacional de Reitores Universia
Fonte: Alexsandra Bentemuller / Direto do Rio de Janeiro

Site cataloga e avalia todas as formas de conhecimento



Um exército está sendo montado para lutar contra os diplomas tradicionais. 

Por Porvir

Desse time já fazem parte a Microsoft Virtual Academy, a Khan Academy, o Coursera e uma série de outros sites que oferecem cursos on-line. Eles são capitaneados pela Degreed, uma plataforma que ajuda a catalogar todas as formas acesso a conhecimento que uma pessoa tem na vida. E dá nota para isso. A graduação em jornalismo na UERJ rende 3.682 pontos. Um curso de 6 horas no Coursera, 12. Livros somam a partir de 10 pontos e artigos de jornal e vídeos valem alguns décimos.

“Se você perguntar para alguém sobre sua educação, essa pessoa vai dizer em que universidade ele estudou. Não temos outras boas ferramentas para comunicar o restante do nosso aprendizado”, afirma David Blake, cofundador da Degreed, em entrevista ao Porvir. 

A plataforma foi lançada em janeiro passado e, com sua missão de “fugir da prisão” dos diplomas já levantou US$ 900 mil em doações e acaba completar o ciclo de três meses de aceleração da TechStars, aceleradora que tem 75 investidores e é uma das mais renomadas e disputadas do mundo da tecnologia –  quase 2.000 startups chegam a disputar suas 11 vagas.

Blake, que com a Degreed já está na sua terceira startup de edtech, critica a ineficiência dos diplomas para mostrar o que um estudante ou funcionário realmente sabe. Para ele, na vida, as pessoas vivem muitas experiências de aprendizado fora das salas de aula universitárias.

“Se os diplomas se tornaram uma moeda, esse mercado está sendo dominado por apenas um tipo de moeda. Com todas essas formas de aprender emergindo, isso se torna algo muito problemático. O diploma universitário é velho e binário”, diz o empreendedor, referindo-se à incapacidade de certificados oficiais de reportar, por exemplo, cursos completados por um aluno que abandonou a faculdade no último ano. 

“Se você desiste faltando uma disciplina para se formar, você não recebe 95% dos créditos da universidade. Você não recebe nada. E nada do que você estuda depois de se formar entra no diploma”, completa.

Baseada nos EUA, a startup surge em um momento de consolidação dos cursos on-line, a maioria gratuitos, voltados para o público universitário. “Os Moocs mudaram o tom da conversa. As universidades estão começando a entender que os estudantes e suas necessidades estão mudando. As instituições estão se fazendo perguntas muito difíceis sobre seu próprio futuro. Mas, dito isso, também acho que elas são estruturadas para avançar apenas muito lentamente”, afirma Blake. Apenas Coursera e EdX, para se ter uma idea, já têm juntos mais de 6 milhões de usuários e 130 instituições de ensino parceiras, com mais de 600 cursos oferecidos. Paralelamente à emergência dos Moocs, o país discute também o endividamento estudantil pelo alto custo de se cursar uma universidade e as altas taxas de abandono.

Segundo Blake, a Degreed é voltada a três tipos distintos de público. O primeiro é formado por empregadores, que passam a entender melhor os talentos da empresa. O segundo conta com recrutadores, que conseguem identificar candidatos com as habilidades de que precisa. O terceiro é o próprio usuário, que pode fazer da plataforma um meio de sistematizar seus conhecimentos, descobrir novas fontes de informação e estabelecer metas individuais de desenvolvimento.

A Degreed de dentro para fora


Criar um perfil na Degreed é grátis. Ao entrar no site, o estudante pode adicionar suas experiências de aprendizado formais e informais na categoria cursos e condecorações. Para acrescentar a universidade, é preciso que ela seja uma das 13.000 já cadastradas ­– existem dezenas de instituições brasileiras nessa lista. Ao inserir o curso, o próprio sistema traz a lista de disciplinas que o usuário cursou e dá uma nota para elas. Só é possível inserir cursos de universidades que tenham sido cadastradas. Na mesma categoria, é possível adicionar cursos on-line feitos em plataformas como Microsoft Virtual Academy, Coursera, EdX, Udacity e NovoEd.

A segunda categoria que o usuário deve preencher é o de conferências e eventos; a terceira, livros; e a quarta é formada por artigos e vídeos. O usuário pode anexar históricos e certificados que comprovem as informações que está prestando. No futuro, a equipe da Degreed vai oferecer um serviço de conferência de dados, para o qual vai cobrar uma taxa.

Além da área de preenchimento de perfil, o usuário tem também a oportunidade de acessar outras seções: aprendizado e caminhos. No aprendizado, a partir do perfil que vai montando, o sistema sugere cursos, livros, artigos e vídeos que possam interessá-lo. Em caminhos, o sistema oferece introdução a alguns temas – se você é um jornalista interessado por educação, poderá ser iniciado aos conceitos de design thinking e gamification, por exemplo.

A forma de cálculo dessa nota é um dos segredos do algoritmo de Blake. Mas, ao colocar cursos formais e informais e demais aprendizados na mesma régua, ele está passando uma mensagem: os diplomas não são mais suficientes. O exército já está em marcha.



GEORGE R. STEIN
em 7 de fevereiro de 2014 às 16:00

Agora sim!
Os cursos tradicionais “3D” (Desconectados da realidade, Desinteressantes e que só oferecem o Diploma, sem aprendizagem) começam a ter a merecida concorrência reconhecida.

A velocidade de atualização do conhecimento, dos conteúdos e da metodologia de cursos acadêmicos tradicionais não tem sido compatível com a proliferação de ótimos cursos tipo MOOC’s (Coursera e EdX conforme citados acima).
Muito bom que o Degreed surgiu para explicitar o valor do real aprendizado, e não do diploma academico na parede!
Ótima dica!



SIDINEY RODRIGUES
em 9 de fevereiro de 2014 às 20:16

Concordo, estou na rede e tenho sido beneficiado indirectamente pelo próprio aprendizado adquirido.
Espero logo encontrar novas oportunidades.
Apesar de ser uma base aberta, plural, o aprendizado on-line encontra resistência massiva pelas instituições 3D, resistência do próprio aprendiz em registrar seu aprendizado.
A derrocada da educação fechada, versus uma educação, plural, livre, heterogênea e completa abre espaço para discutir inclusive quais os objetivos dessas instituições e reafirma a máxima de que as instituições de educação são, aparelhos ideológicos.



fonte: http://porvir.org/porfazer/um-exercito-contra-os-diplomas-tradicionais/20140207

MIT lança Mooc em português para empreendedores

Curso App Inventor será oferecido pela plataforma latino-americana UnX e quer incorporar elementos reais à experiência virtual

Por Patricia Gomes

Empreendedores, estejam a postos. Entra no ar hoje o primeiro Mooc on-line e gratuito oferecido pelo MIT com legendas e material em português. O App Inventor é um curso prático e orientado por desafios, destinado a ensinar os estudantes a desenvolver aplicativos para celulares. Ele será ministrado pela plataforma UnX, uma plataforma latino-americana de Moocs especializada em empreendedorismo. Desde que foi criada em 2012, só havia oferecido cursos em espanhol. O lançamento traz consigo ao menos duas boas notícias: a possibilidade de alunos brasileiros que não falam inglês terem acesso a um curso inteiro de uma universidade de renome e a chance que lhes será dada de experimentar um modelo de curso aberto e massivo que tenta trazer benefícios da experiência de aprendizado real.

O brasileiro Leo Burd, do Center for Mobile Learning, é um dos professores responsáveis pelo curso. Ele explica que as aulas foram pensadas para funcionar em módulos curtos e, a cada semana, será apresentado um desafio. No final das seis semanas, os alunos deverão ter desenvolvido um aplicativo para telefone celular. A intenção, com isso, é criar ambientes estimulantes para os alunos, afirma o pesquisador.

Como o curso não exige conhecimentos prévios de programação, ele tanto ajuda quem quer fazer do app um negócio, quem já tem um negócio e quer fazer um aplicativo quanto quem só quer aprender. Durante as aulas, os estudantes vão analisar os aplicativos disponíveis hoje no mercado e refletir sobre seus modelos de negócio, desenhar interfaces, descobrir formas de torná-los rentáveis e ainda criar modelos de negócios próprios e inovadores. A dedicação semanal estimada é de quatro a seis horas. As inscrições já estão abertas e os interessados podem começar a qualquer momento.

O App Inventor já vá vem sendo oferecido em espanhol pela UnX. Para chegar aos alunos brasileiros, a plataforma fechou parceria com o Cederj, órgão do governo estadual do Rio para o ensino à distância, que será responsável por prover os tutores on-line que acompanharão os inscritos. O curso tem duração de seis semanas e requer um tempo estimado de dedicação de quatro a seis horas por semana. O curso é uma parceria que envolve também as instituições espanholas Csev (Centro Superior para o Ensino Virtual), Uned (Universidade Nacional de Educação à distância), RedEmprendia, Telefónica e Universia (do grupo Santander).

Injetando aprendizado presencial


Diferentemente do que ocorre nos modelos tradicionais de Mooc, a parceria entre MIT e UnX não se resume a oferta e hospedagem de cursos. Outro papel da universidade norte-americana é oferecer uma consultoria para tentar injetar elementos de aprendizado presencial em uma experiência essencialmente virtual na UnX como um todo. Para Burd, que também tem atuado nessa consultoria, o fato de a plataforma ser pequena lhes dá mais flexibilidade para testar. Apenas a título de comparação, em pouco mais de um ano, a UnX já teve quase 25 mil alunos. O edX, também do MIT e fundado mais ou menos na mesma época, já registra mais de um milhão de estudantes.



Segundo Burd, uma das intenções da UnX é experimentar um modelo que consiga engajar mais os participantes a partir do fortalecimento da comunidade.

“A UnX tenta unir Moocs e redes sociais, dando benefícios aos usuários de acordo com os pontos que acumulam em sua atuação no site”, afirma o brasileiro, que destaca a possibilidade de os participantes da rede UnX poderem trocar vários tipos de informação entre si, e não apenas entre aqueles que frequentam o mesmo curso. Na seção “Participa”, por exemplo, os usuários podem oferecer e demandar serviços relacionados com empreendedorismo em um quadro de anúncios público.

Ainda em âmbito virtual, um sistema de condecorações coloca usuários em destaque em diversas categorias, como “pergunta famosa”, “fanático” e “bom cidadão”. As honrarias, que vão sendo concedidas a partir da atuação dos estudantes na comunidade e nos Moocs, a partir do ano que vem vão deixar de trazer benefícios apenas virtuais. Em 2014 estão previstos investimentos semente em iniciativas de usuários atuantes, além de mentoria personalizada.

Já na modalidade totalmente presencial, a plataforma vai organizar e incentivar a organização de eventos locais, de forma que os empreendedores se conheçam e troquem experiências e oportunidades.

“Fico me perguntando qual seria o modelo ideal de Mooc tupiniquim. Como o brasileiro é muito social e criativo, temos que criar essas oportunidades de experimentação reais, que complementem o virtual”, diz Burd.



fonte: http://porvir.org/porfazer/mit-lanca-1o-mooc-em-portugues-para-empreendedores/20131125

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