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Fotografia na publicidade – entre a tecnica e a teoria

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Fotografia na publicidade – entre a tecnica e a teoria: o ensino de fotografia para os cursos de graduação em publicidade e propaganda

 

por Renata Voss Chagas* 
 

Índice

1 Histórico do Ensino da Publicidade no Brasil

2 A imagem publicitária

3 Normatização ética e jurídica da imagem

4 A disciplina fotografia nos cursos de graduação em publicidade e propaganda

5 Conclusão

Resumo

 

O presente trabalho tem como objetivo estudar o ensino de fotografia nos cursos de publicidade. Para isso foi feito um levantamento do histórico do ensino de comunicação no Brasil, dando ênfase aos cursos com habilitação em publicidade e propaganda. Pontua-se também questões específicas da estrutura da fotografia publicitária e as questões jurídicas vinculadas a este tipo de imagem. Após o levantamento, percebe-se que o aluno desta matéria deve trabalhar teorias relacionadas à fotografia, tendo o aprendizado da técnica como ferramenta para execução dos seus trabalhos.

Palavras chave: comunicação; publicidade; propaganda; ensino; fotografia.

O mercado publicitário está em constante evolução e para que ele se mantenha é preciso investir em seus profissionais e em sua capacitação. Porém, pouco se discute sobre o processo de formação dos profissionais desta área. O ensino da propaganda é algo relativamente recente no Brasil e se compararmos o processo de crescimento e as necessidades do mercado de trabalho atrelados ao desenvolvimento acadêmico nesta área perceberemos a distância que os separa. Uma das matérias que possui algumas especificidades dentro do curso de graduação é a fotografia, que quando aplicada à publicidade exige linguagem e técnicas diferenciadas, bem como um regimento jurídico específico. Torna-se, portanto necessário o estudo específico da configuração da imagem publicitária por parte daqueles que se graduam em publicidade.

 

1 Histórico do Ensino da Publicidade no Brasil

No Brasil, o ensino da publicidade surge em paralelo às primeiras agências. Quem já atuava na área ensinava de maneira informal aos que também queriam atuar. As agências eram conhecidas “como ’escola do batente’, essa prática pedagógica reproduzia em plena idade moderna a rotina das medievais corporações de ’artes e ofícios”1.

Por ser uma profissão nova, ainda não eram ofertados cursos nesta área. Após o 1o Salão Nacional de Propaganda, evento organizado em 1950 pelo Museu de Arte de São Paulo, o diretor do Museu incentivou a criação de um curso de arte publicitária. Rodolfo Lima Martensen foi responsável pela pesquisa das necessidades de mercado e pela elaboração da estrutura da Escola de Propaganda do Museu de Arte de São Paulo 2.

Baseando-se nos modelos de ensino europeus e americanos e após análise Martensen elaborou uma fórmula de ensino que se adaptasse à realidade brasileira, criando o Anteprojeto da Escola de Propaganda do Museu de Arte de São Paulo. O curso da Escola de Propaganda foi lançado em 1952, porém em 1964 ela se desvincula do Museu e passa a se chamar Escola de Propaganda de São Paulo, já como Escola Superior 3.

Sobre esta escola sabe-se que tinha caráter prático e profissionalizante, nunca se propondo a “criar monstrinhos comunicólogos” 4. O ensino da propaganda no Brasil surge com um caráter unicamente técnico, se distanciando já em seu início do modelo de universidade que visa a produção científica. Levando em consideração o excesso de preocupação em atender prioritariamente necessidades técnicas, as questões que envolvem a reflexão são deixadas de lado: percebendo a área de comunicação um campo marginalizado “ao saber universitário, uma vez que estes estudos não asseguram habitualmente uma função científica, mas as funções subsidiárias da pedagogia, da profissionalização e da prestação de serviços”5

Sabe-se que “desde 1962, o ensino de Comunicação Social, em nível de graduação, foi regido por um currículo mínimo homologado pelo Ministério de Educação – MEC”6. Através do currículo mínimo fixado pelo Conselho Federal de Educação – CFE - eram apresentadas as matérias que deveriam compor os cursos superiores. A partir dessas matérias, as instituições de ensino as desdobravam nas disciplinas – que eram subcampos da matéria – e formavam assim o seu currículo pleno7. Desta forma, o CFE dava autonomia para universidade formular suas estruturas curriculares8. Foi apenas no terceiro currículo mínimo - Parecer no 631/69 - que o CFE abordava a importância das atividades profissionais, obrigando as instituições de ensino a disponibilizarem estrutura laboratorial para o exercício da profissão9. Nele também constavam as habilitações específicas e opção da habilitação polivalente. O quinto currículo mínimo “também apresenta um projeto de resolução, propostas para a melhoria do ensino, instalações e laboratórios para cada habilitação, com a descrição dos equipamentos necessários”10. Compreende-se então a preocupação em enfatizar, por meios legais, a necessidade de estrutura técnica para o funcionamento dos cursos de comunicação social, pois dessa forma as instituições de ensino são obrigadas a se regularizar tendo em vista a melhoria dos recursos ofertados para realização dos cursos. Porém, “o professor não é um técnico. (...) É antes de tudo um sujeito integrado com o mundo e sabedor de seu papel social”11. Ou seja, percebe-se a necessidade de dar ênfase também às disciplinas teóricas, que passam a atuar como sendo de importância secundária, tanto pelos discentes, como pelos docentes que têm visão tecnicista e transmitem o conhecimento de modo repetitivo. Outra consideração, é que

“que talvez o maior desafio seja transformar os atuais cursos de comunicação na tentativa da construção de um profissional completo. Tais cursos preparam os alunos para algo idealizado (...) prepara-se para uma escola ideal, mas muito longe do “mundo real”12

Pode-se perceber que as disciplinas de caráter teórico também figuram nos pareceres, porém enfatizamos que o desenvolvimento de pesquisas com esse caráter nesta área ainda é pequeno:

“em 1998 existiam (...), provavelmente 4 mil docentes, dos quais 30% são doutores e nem a metade são mestres. (...) seriam necessários 33 anos para que o sistema conseguisse terminar de doutorar todos os professores necessários para os cursos de comunicação hoje existentes no país…”13

A nova LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – tem como característica a flexibilidade, pois ela determina a extinção dos currículos mínimos e estabelece as diretrizes curriculares para os cursos da educação superior14. As novas Diretrizes Curriculares “irão permitir às IES definir diferentes perfis de seus egressos e adaptar estes perfis às rápidas mudanças do mundo moderno”15.

Acredita-se que com a proposição dos currículos mínimos o MEC tinha como objetivo nivelar a formação do profissional estando ele em qualquer parte do país, porém há a desconstrução da visão de um ensino superior igual para todos exposta no Parecer 776/97.

O campo de comunicação é “uma área em que o esforço pedagógico e profissionalizante se sobrepõe ao trabalho científico, tornando-se por isso uma área desacreditada, olhada com suspeição por parte das outras áreas do saber”16. Pontua-se aqui o descrédito gerado como conseqüência da importância exagerada dada às atividades técnicas e pela falta de ênfase - em muitos cursos - às teorias existentes na área, tornando assim a publicidade e a comunicação áreas com suas estruturas fragilizadas.

2 A imagem publicitária

Hoje, é difícil imaginar publicidade dissociada de suas imagens. Com a evolução da linguagem publicitária, a imagem passa a ser não mais factual e traz consigo a construção de uma realidade idealizada, de algo que muitas vezes não existe, não aconteceu de verdade. A imagem publicitária “é submetida a pressões múltiplas: busca de um certo impacto visual; aptidão em solicitar uma pulsão, mobilizar um interesse, coordenar uma conduta;”17. As imagens publicitárias, assim, “procuram criar no público o desejo de consumo de um produto ou mesmo de um estilo de vida por meio do apelo visual.”18.

A publicidade se utiliza da retórica – que pode ser definida como a arte da palavra artificial – em sua estrutura. Talvez o descrédito da publicidade venha junto com o descrédito da retórica que é representada, neste caso, pela parte não-verdadeira da comunicação, a parte ficcional19.

No processo de criação publicitária o que deve ocorrer é que o emissor transforma uma proposição simples através da retórica para que o receptor dessa mensagem reconstrua a proposição inicial20. Sobre a função da retórica, o que é dito de maneira ’figurada’ poderia ser dito de maneira direta, mais simples, mais neutra 21.

Fotografias são imagens técnicas que transcodificam conceitos em superfícies22. É por esse caminho que a fotografia publicitária segue. As agências ou clientes decidem o que querem comunicar e cabe ao fotógrafo utilizando a técnica transpor para o papel através de imagens os conceitos solicitados: “a imagem retorizada, em sua leitura imediata, se liga ao fantástico, ao sonho, às alucinações: a metáfora se torna metamorfose, a repetição desdobramento, a hipérbole gigantismo, a elipse levitação etc”23.

A imagem busca promover o produto, “não pode portanto haver aí restituição analógica, cópia passiva de uma realidade exterior” 24. Em publicidade “o sentido é preexistente ao acontecimento”25: O fotógrafo constrói a cena, decide os tipos físicos que irão aparecer, qual o tom que a imagem vai passar, etc. Dessa forma, de um lado temos uma construção que deve basear-se na realidade cultural local e, por outro lado temos o perigo de a imagem publicitária constituir uma nova realidade, idealizada e distante da cultura local a depender do recorte dado.

Deve-se na construção da imagem publicitária ter uma visão responsável, pois ela pode se basear nos modos de vida do público-alvo e na idealização do que seria uma vida melhor. Muitas vezes a imagem transmite uma vida que por mais que o consumidor tente não irá conseguir ter. Essa situação pode frustrar este consumidor gerando como conseqüência a falta de crédito dada às fotografias publicitárias. Então, é preciso estudar muito bem os limites entre o sonho, a realidade e a possibilidade de crescimento econômico do público. Se não for construída de forma coerente, a imagem trará uma visão distorcida de uma realidade que não existe ou pode criar desejos de adequação à imagem proposta na peça publicitária.

Chama-se atenção para a necessidade de incentivar a veiculação de imagens com conteúdos que tragam algum aspecto novo para a sociedade, pois imagens apenas descritivas podem não mais ter efeito no público pretendido pela agência e pelo cliente anunciante: “A tautologia verbal é freqüente em publicidade. (...) visualmente ela é talvez realizada por simples apresentação do próprio produto, como se apenas sua presença dispensasse qualquer outro comentário”26.

Desde que entrou em vigor o Código de Defesa do Consumidor em 1991, as propagandas que trazem meias-verdades ou as omitem perdem espaço27. A partir de sua implantação o consumidor se mostra mais exigente buscando informações sobre o produto; logo, não se pode pensar que ele esteja passivo em relação às imagens que são propostas nas campanhas publicitárias, pois esse tipo de imagem “não tem por pivô o emissor mas o destinatário.”28

3 Normatização ética e jurídica da imagem

A partir da necessidade da existência de um órgão que guiasse os princípios éticos e profissionais instituída, em 1985 a ABRAFOTO – Associação Brasileira dos Fotógrafos de Publicidade - que é uma “entidade civil, sem fins lucrativos ou políticos, e destina-se única e exclusivamente a zelar pelos interesses coletivos, morais, culturais e materiais dos profissionais e empresas que se dediquem à produção de fotografia para publicidade.” 29.

Apesar de funcionar desde 1985 e de ter criado uma padronização no relacionamento fotógrafo-cliente/agência, a ABRAFOTO ainda tem um longo caminho a percorrer: o lento processo de conscientização dos clientes e agências para a qua

lidade da imagem que ele compra, fazendo com que estes contratem um profissional especializado.

4 A disciplina fotografia nos os cursos de graduação em publicidade e propaganda

Para abordar a questão do ensino da fotografia nos cursos de publicidade e propaganda, serão abordados alguns pontos relacionados aos currículos mínimos e diretrizes curriculares.

Com o quinto currículo mínimo, tem-se a relação entre as atividades específicas da profissão de publicitário e as matérias da habilitação em publicidade e propaganda expostas na Resolução 02/84. Ao se observar as disciplinas do quinto currículo mínimo não temos nas matérias ou disciplinas obrigatórias da parte específica a presença da fotografia para a habilitação em publicidade.

Porém, pontua-se que para a formação do currículo pleno as instituições poderiam desdobrar as matérias em disciplinas relacionadas, podendo portanto, a disciplina de fotografia ser ofertada aos cursos com habilitação em publicidade e propaganda - principalmente após a exigência de estrutura laboratorial feita pela Resolução no 02/84, que fazia com que as instituições que ofertassem a habilitação publicidade e propaganda implantassem estúdio fotográfico e laboratório fotográfico. Mas, observa-se que muitas instituições têm dificuldade em manter a estrutura laboratorial necessária e cabe ao docente avaliar qual a melhor maneira de ministrar a disciplina sem o aparato necessário.

Com as novas diretrizes curriculares vê-se que as instituições de ensino passaram a ter mais flexibilidade para estruturar suas matrizes curriculares; com isso a disciplina fotografia passou a fazer parte de muitas estruturas curriculares.

Nas últimas décadas muitos professores “são geralmente os regressados das próprias carreiras em que estudaram, muito deles habilitados à docência através de cursos de pós-graduação” 30, havendo uma valorização da prática e experiência no mercado de trabalho em detrimento do desenvolvimento de pesquisas teóricas que possam servir de base para atividades práticas levando os alunos a uma prática não reflexiva. Os professores que vêm desta formação “geralmente reproduzem em sala de aula conteúdos assimilados de forma abstrata, sem a preocupação de confrontá-los com a realidade cotidiana dos ofícios midiáticos em constante mudança e transformação”31.

Coloca-se em questão a relação entre teoria e prática vista em muitas escolas de comunicação que visam preparar seus alunos para o mercado de trabalho. Observamos que como a maioria dos professores vêm do mercado de trabalho e não têm carreira acadêmica em publicidade, é natural que haja uma tendência à transmissão de conhecimentos práticos aos alunos. Porém, isso não deveria ser desta forma, já que “o ensino superior tem como um de seus focos a preocupação com a formação geral que contemple a reflexão sobre o conteúdo e que privilegie a dimensão crítica da ação profissional sobre a sociedade”32.

Reconhecemos então a necessidade, na disciplina de fotografia, de uma formação não puramente técnica. Porém, como apontamos anteriormente, o ensino de publicidade começou de maneira técnica com curso do Museu de Arte de São Paulo. Podemos afirmar que esse modo de ensino do curso traz seus reflexos até hoje.

Propõe-se, então, que a formação dada na matéria de fotografia seja da técnica aplicada à realidade de mercado de trabalho e da reflexão sobre ética na construção de imagens publicitárias.

Assim, é preciso adaptar a disciplina para o curso de publicidade, pois, como já foi exposto, a imagem publicitária possui diversas particularidades que os egressos do curso de comunicação social com habilitação em publicidade e propaganda precisam ter conhecimento.

Pontua-se a necessidade do estudo de retórica, semiótica, história da fotografia, bem como textos que abordem questões mais subjetivas relacionadas à fotografia. Tais elementos, se associados e relacionados à fotografia publicitária, podem fornecer base teórica para o desenvolvimento de produção de fotografias no decorrer do curso. Desta forma, o conteúdo técnico poderia ser exposto paralelamente sendo visto como ferramenta para execução de uma imagem previamente pensada, avaliada e discutida com os alunos e não como elemento chave para o aprendizado.

Ressalta-se a importância do diálogo em sala de aula na elaboração de imagens publicitárias, pois é no meio acadêmico que devemos buscar as mudanças possíveis para o mercado de trabalho, tentando agir socialmente modificando e produzindo novos conteúdos para veicular numa publicidade que já está com sua estrutura visual desgastada. Afirma-se que é através do estudo acadêmico que é possível tentar esta mudança.

A disciplina não deve ter como objetivo formar fotógrafos, pois de acordo com a possibilidade que as novas diretrizes curriculares dão no tocante à criação de novas habilitações, temos o curso de Bacharel em Fotografia. Coloca-se então a necessidade de se elaborar um plano de ensino para a disciplina fotografia de forma a atender as necessidades de mercado, levando também os alunos a um momento de reflexão e pesquisa.

No que diz respeito à questão das atividades experimentais propostas pelas novas diretrizes: [...] a conquista relacionada à inscrição de atividades experimentais viu-se ameaçada pela prática meramente para lazer e divertimento dos alunos, levando a um experimentalismo inconseqüente [...]33

Enfatiza-se que a prática na disciplina de fotografia deve ter um objetivo previamente esclarecido no plano de ensino interligando a atividade com conteúdo teórico para que o projeto não seja meramente um exercício técnico. Sabe-se que “as novas gerações, que demonstram fascínio pelo fazer midiático, mas se revelam descontentes em face do antagonismo ou do descompasso que identificam no saber midiático disseminado pela academia”34.

Reafirma-se também a necessidade do egresso do curso de comunicação social com habilitação em publicidade e propaganda ter conhecimentos das normas éticas e jurídicas que regem a fotografia publicitária, bem como do conhecimento sobre a linguagem e os elementos que a constituem. Compreende-se que a universidade deve ser um lugar para que haja momentos de reflexão e discussão sobre as conseqüências sociais que a imagem publicitária traz, como também sobre a ética no uso em publicidade. Entende-se, portanto, que cabe ao docente escolher quais os melhores caminhos para se atingir este objetivo, o qual acreditamos estar integrado à sociedade contemporânea em seus aspectos artísticos, culturais, legais, etc.

5 Conclusão

A história do ensino de propaganda no Brasil é relativamente recente. Pode-se reconhecer que é através do desenvolvimento de estudo teórico contínuo dentro dos cursos superiores em publicidade que será possível inserir mudanças mais consistentes no mercado de trabalho.

Embora aparente ser algo simples, a fotografia publicitária traz consigo certa complexidade, pois envolve a estrutura social na qual estamos inseridos e o profissional da área de propaganda precisa estudar a fundo essa contextualização, pois é dela – visto que cada publicidade tem seu público a ser alcançado - que depende o desenvolvimento do seu trabalho.

Acredita-se que foi na Escola de Propaganda em São Paulo – a qual preconizou o ensino de propaganda no país - que a idéia do ensino tecnicista teve início. O ensino da fotografia para estes cursos não deve ser apenas técnico, deve ser acompanhado de textos e autores da área que reflitam sobre a função social da imagem publicitária, suas conseqüências, seu caráter de imagem elaborada, construída para um determinado fim. Porém, para que tal estrutura de ensino seja aplicada, é preciso que o docente e as faculdades busquem conhecimentos específicos da área.

As mudanças necessárias no mercado de trabalho devem ser estudadas e sugeridas pelo pesquisador na área de comunicação. É mais coerente que aconteça dessa forma do que num processo caótico e inverso onde o mercado dita as regras, sem estudar as reais potencialidades e conseqüências das ações midiáticas.

Pontua-se que o saber e o fazer midiático devem caminhar juntos na estrutura dos cursos de graduação em comunicação social com habilitação em publicidade e propaganda. Existe uma maior valorização do fazer; este, em pouco tempo, se desestrutura, pois é através da busca pelo saber midiático que conseguimos construir bases sólidas para realizar as mudanças que se exige do mercado de trabalho.

O presente trabalho é apenas uma pequena contribuição do que é possível ser estudado na área de publicidade. Ainda há muito a pesquisar, pois se trata de uma área extensa e que precisa de momentos reflexivos para desenvolver-se como área de estudo acadêmico.

 

1 MELO, José Marques de. O campo acadêmico da comunicação: história concisa. In: MELO, José Marques de (org.). Pedagogia da Comunicação: matrizes brasileiras. 1. ed. São Paulo: Angellara, 2006. p. 09
2 MARTENSEN, Rodolfo Lima. GRACIOSO, Francisco; PENTEADO, J. Roberto Whitaker. Propaganda brasileira. São Paulo: Mauro Ivan Marketing Editorial Ltda, 2004.
3 ibidem
4 ibidem
5 RODRIGUES, Adriano Duarte. Os estudos da comunicação na universidade. Disponível em: . Acesso em: 19 de julho de 2007. p. 02.
6 MOURA, Cláudia Peixoto de. O Curso de comunicação social no Brasil: do currículo mínimo às novas diretrizes curriculares. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. p. 77.
7 ibidem
8 SOUZA apud MOURA, 2002
9 DIAS, Samia Cruañes de Souza. A Criação da habilitação Publicidade e Propaganda no Brasil: seus problemas e soluções. In: 1o Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho - Mídia Brasileira: 2 séculos de história, 2003, Rio de Janeiro. Trabalho apresentado ao GT6 – História da Mídia Persuasiva. Disponível em: . Acesso em: 10 de março de 2007.
10 MOURA, op. cit., , p. 94
11 FERREIRA, Jorge Carlos Felz. Reflexões sobre o ser professor: a construção de um professor intelectual. Disponível em: . Acesso em: 17 de julho de 2007. p. 04
12 ibidem, p.05
13 COSTA, Rosa Maria Dalla. Ensino de Comunicação no Brasil: realidades regionais que caracterizam sua história. In: ENDECOM 2006 – Fórum Nacional em Defesa da Qualidade do Ensino de Comunicação, 2006, ECA/USP. Trabalhos apresentados. São Paulo, 2006. Disponível em: . Acesso em: 24 de abril de 2007.
14 MOURA, op. cit..
15 MEC apud MOURA, 2002.
16 RODRIGUES, op. cit., p. 02
17 PÉNINOU, Georges. Física e Metafísica da Imagem Publicitária. In: METZ, Christian et al. A análise das imagens. Tradução de Luís Costa Lima e Priscila Viana de Siqueira. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1974. p. 62
18 ZUANETTI, Rose et al. Fotógrafo: o olhar, a técnica e o trabalho. Rio de Janeiro: Editora Senac Nacional, 2002. p. 140.
19 DURAND, Jacques. Retórica e Imagem Publicitária. In: METZ, Christian et al. A análise das imagens. Tradução de Luís Costa Lima e Priscila Viana de Siqueira. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1974.
20 ibidem.
21 ibidem, p. 20.
22 FLUSSER, Villém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Tradução do autor. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
23 DURAND, op. cit., p. 22.
24 PÉNINOU, op. cit, p. 78.
25 ibidem, p. 79.
26 DURAND, op. cit., p. 43.
27 CADENA, Nelson Varón. Brasil – 100 Anos de Propaganda. São Paulo: Edições Referência, 2001.
28 PÉNINOU, op. cit, p. 67.
29 ABRAFOTO – Associação Brasileira dos Fotógrafos de Publicidade. Guia Abrafoto. Disponível em: . Acesso em: 10 de março de 2007.
30 MELO, op. cit., p. 24.
31 ibidem, p. 24/25.
32 TOMITA, Íris Yae; TERUYA, Teresa Kazuko. Modos de ver uma propaganda: um estudo sobre a formação do olhar do estudante de publicidade e propaganda. In: ENDECOM 2006 – Fórum Nacional em Defesa da Qualidade do Ensino de Comunicação, 2006, ECA/USP. Trabalhos apresentados. São Paulo, 2006. Disponível em: Acesso em 24 de abril de 2007. p. 03.
33 CARDOZO, Missila Loures; GOBBO, Sonia Maria; ARAÚJO, William Pereira de. ESPM: a pioneira escola de propaganda. In: MELO, José Marques de (org.). Pedagogia da Comunicação: matrizes brasileiras. 1. ed. São Paulo: Angellara, 2006. p. 129.
34 MELO, op. cit., p. 25.

*Especialista em Fundamentos Científicos e Metodológicos em Docência e Pesquisa no Ensino Superior pela Faculdade de Alagoas (FAL) e graduada em Publicidade pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Alagoas (CEFET). Trabalha há quatro anos com fotografia publicitária, atualmente é sócia da Urucum Estúdio Fotográfico e leciona na Faculdade Integrada Tiradentes (Fits) e na ESAMC-Mauricio de Nassau. E-mail: renata.voss@gmail.com
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Laws of Attraction - Affirming, Denying and Reconciling...Addendum

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adir - (latim adeo, -ire, ir para)
v. tr.Dir.
Entrar na posse de (herança).
adição - (latim addictio, -onis, adjudicação, designação de juiz)
s. f. Dir.
Acção! de adir herança.
adendo - (latim addendus, -a, -um, que deve ser acrescentado, gerundio de addo, -ere, acrescentar)
s. m.O mesmo que adenda.


Afirmando, negando e reconciliando com a sociedade e com o mundo, addendum.


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Inventário Individual



Há milhares de anos os essênios praticavam um sistema de psicanálise muito mais abrangente do que a psicanálise que hoje se pratica. Embora muito afastado de nós no tempo, ele tinha uma qualidade universal de que carece a psicoterapia moderna.
Trata-se de um inventário pessoal dos ideais essênios de proceder e de evolução individual, que pode ser valiosíssimo para o homem contemporâneo, como folha de balanço do seu grau de harmonia com a Lei.





Entendendo, como o faziam, que o homem vive no meio de um campo de forças, os essênios sabiam que as forças naturais e cósmicas que o rodeiam e que fluem através dele são forças superiores positivas. Mas sabiam outrossim que o homem, em razão dos seus afastamentos da Lei, em pensamento, sentimento e ação cria constantemente forças negativas, inferiores, no meio das quais também vive. Ligado a todas essas forças, ele não pode separar-se delas; além disso, está sempre cooperando, consciente ou inconscientemente, com as forças superiores ou com as inferiores. Neutro é que ele não pode ser.

Sob esse sistema essênio, praticado pela primeira vez no tempo de Zoroastro, a pessoa fazia, uma vez por semana, uma análise de seus pensamentos, palavras e ações. Essa análise mostrava o quanto ela cooperava com as forças superiores ou, pelo contrário, o quanto se afastara delas, e propiciava-lhe um corte transversal no caráter, capacidades e condição física próprias, indicando, por essa maneira, o grau da sua evolução na vida.
A análise lhe permitia reconhecer seus pontos fortes e seus pontos fracos. Empenhando-se sincera e vigorosamente em tornar seu jeito de pensar, de sentir e de agir cada vez melhor, ela progredia na tarefa de toda uma vida de auto-aprimoramento.

Alguns acharão talvez que, com todas as ciências modernas, é desnecessário retroceder 8.000 anos à procura de um antigo ensinamento. Trata-se, todavia, de saber até que ponto os desenvolvimentos da ciência tem contribuído para aumentar a felicidade e o bem-estar humanos. A insegurança e a neurose gerais dos tempos atuais e o desassossego econômico e social, tão amplamente disseminados, dão-nos uma resposta decididamente negativa. O homem adicionou enorme quantidade de conhecimentos teóricos à estrutura de sua cultura científica, mas não lhe acrescentou a felicidade nem a evolução individual. Ela não serviu para ligá-lo ao universo, ao sistema cósmico, nem para mostrar-lhe o seu lugar e o papel que lhe cabe representar nele.

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Sem esse conhecimento, o homem não pode seguir o caminho da evolução perfeita para si nem para o planeta.

A neurose de hoje é causada pelos atuais afastamentos, por parte do homem, da lei da harmonia com as forças naturais e cósmicas. Se o homem fizer o que lhe for possível para viver em harmonia com elas, nunca será vitima de neuroses.
A psicologia de hoje tende a enfatizar apenas uma ou duas forças naturais. Na opinião de Freud, por exemplo, os afastamentos da lei da força natural do sexo provocavam desarmonia no homem; outros cientistas se concentraram em outras formas de afastamento.

Mas o sistema praticado no tempo de Zoroastro considerava a harmonia com todas as forças naturais e cósmicas necessárias à saúde completa e ao equilíbrio psicológico. Sua superioridade sobre outros sistemas repousa na unilateralidade e na universalidade.
A tarefa de auto-aperfeiçoamento, pelo que se vê, tem de ser levada a efeito um dia depois do outro, dia a dia, pelo próprio indivíduo. A psicanálise, por outro lado, depende muitíssimo do analista, pois a pessoa que está sendo analisada assume um papel um tanto ou quanto passivo. No método de Zoroastro, a consecução de harmonia pelo indivíduo é tarefa de toda a vida deste último, e não o trabalho de um terceiro, que se completa num par de anos ou menos.

Os dezesseis elementos empregados no sistema abarcam todos os aspectos da vida humana. Eles correspondem, de certo modo, às catorze forças simbolizadas pela Árvore Essênia da Vida. Os essênios não tencionavam, quer no tempo de Zoroastro, quer mais tarde, dividir as forças naturais e cósmicas em padrões rígidos ou artificiais, senão simplesmente considerá-los de maneira que lhes expressasse, com a máxima clareza, o valor e a utilização na vida do homem.

Não se exigia perfeição na análise, mas a pessoa era instada a lutar continuamente a fim de aprimorar o seu relacionamento com cada umas das dezesseis forças e alcançar maior harmonia e utilização de seus poderes e energias. A pessoa que o fizer fruirá uma vida ativamente criativa, que lhe trará a mais alta medida de felicidade e de serviço prestado a outrem.Mas quem continuar a se afastar da Lei verá sua vida tornar-se mais e mais desinteressante e cada vez menos compensadora, ao mesmo tempo que a miséria e a frustração acabarão ficando cada vez maiores.

Os ensinamentos dos essênios davam ao homem um conhecimento claro do seu lugar e papel no universo, e o método por eles empregado de auto-análise semanal lhes permitia conhecer com quanta clareza compreendiam as lições e com quanto cuidado as praticavam e percorriam o caminho da evolução individual.

Das dezesseis forças utilizadas para fazer a análise, oito pertenciam às forças terrestres e oito às forças cósmicas. As primeiras eram o sol, a água, o ar, o alimento, o homem, a terra,a saúde e a alegria. Os poderes cósmicos eram a energia, o amor, a sabedoria, o mantenedor, o Criador, a vida eterna, o trabalho e a paz.




A análise considerava cada uma dessas forças de três aspectos diferentes:

1. Se o poder ou força é compreendido

2. Se a pessoa sente a importância da força, profunda e sinceramente

3. Se o poder é usado continuamente e da melhor maneira possível






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AS FORÇAS TERRESTRES


São os seguintes os significados e empregos das forças terrestres.

1. O sol
é fonte importantíssima de energia; o homem deve estabelecer contato com o seu poder solar e utilizá-lo da melhor forma para a saúde e para o bem-estar do indivíduo.

2. A água
é um elemento essencial de vida. Deve ser usada de maneira apropriada na dieta e no banho, que se toma todas as manhãs durante o ano inteiro.

3. O ar
exerce um papel muito importante na saúde do corpo e a pessoa deve passar o maior espaço de tempo possível ao ar livre respirando o ar fresco e puro e utilizando as energias da atmosfera em benefício da própria saúde.

4. O alimento
deve ser da espécie correta e ingerido na quantidade certa a fim de fornecer outra força vital ao organismo.

5. O homem
era considerado uma força que representava o direito e a responsabilidade de cada um para com sua própria evolução. Incumbe a todo indivíduo usar cada momento para promover seu progresso na vida, tarefa que ninguém pode exercer por ele. Cumpre-lhe conhecer, e compreender, as própria potencialidades e descobrir o modo mais prática de desenvolvê-las e utilizá-las a serviço da humanidade.

6. A terra
representa os dois aspectos da força geradora que cria uma vida mais abundante no planeta. Um dos seus aspectos cria a vida a partir do solo, produzindo as árvores e toda a vegetação. O outro aspecto se manifesta nas energias sexuais do homem. A pessoa precisa compreender e utilizar os meios mais perfeitos de cultivar plantas, produzir alimentos e levar uma vida sexual harmoniosa.

7. A saúde
depende do relacionamento harmonioso do homem com todas as forças da terra, com o sol, a água, o ar, o alimento, o homem, a terra e a alegria. Incumbe ao indivíduo compreender a relevância da boa saúde para si e para os outros, e deve pôr em prática todas as formas de melhorar a própria saúde, em pensamento, sentimento e ação.

8. A alegria
é direito essencial do homem, que há de executar todas as suas atividades diárias com um profundo sentimento de alegria, que cresce dentro dele e se irradia à sua volta, reconhecendo-lhe a grande importância para si e para os outros. São estas as forças da natureza que o homem deve entender e utilizar.

Os oito poderes seguintes do cosmo são até mais importantes para a vida do homem, que não poderá viver em completa harmonia com as forças terrestres se também não estiver em harmonia com os poderes celestiais.
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AS FORÇAS CÓSMICAS


1. O poder
manifesta-se continuamente por intermédio das ações e obras do homem, ambas as quais resultam de sua cooperação ou falta de cooperação com os outros poderes e forças, em concordância com a lei ferres de causa e efeito. O indivíduo precisa dar-se conta da importância das boas obras; e também lhe cabe compreender que sua personalidade, sua posição e o ambiente de que se rodeia na vida são o resultado de suas ações passadas, como o seu futuro será exatamente o que dele fizerem seus atos presentes. Urge, portanto, que ele se empenhe em todos os momentos para praticar boas ações que expressem harmonia com as leis não só da natureza mas também do cosmo.


2. O amor
expressa-se em forma de palavras delicadas e bondosas dirigidas aos outros, palavras que afetam a saúde e a felicidade próprias, assim como a saúde e a felicidade alheias. O amor sincero a todos os seres põe-se de manifesto através de sentimentos e palavras harmoniosas.

3. A sabedoria
manifesta-se na forma de bons pensamentos, e constitui o direito do homem ampliar seus conhecimentos e sua compreensão de todas as maneiras possíveis para poder ter somente bons pensamentos. Cabe-lhe procurar crescer em sabedoria, de modo que possa compreender cada vez mais a ordem cósmica e o seu próprio papel nessa ordem. Somente atingindo certo grau de sabedoria o indivíduo aprender a conservar bons pensamentos na consciência e recusar-se a alimentar pensamentos negativos e destruidores a respeito de alguém, de algum lugar, de alguma condição ou de alguma coisa. 




4. A manutenção de valores
refere-se ao poder de preservar tudo o que é útil e tem valor verdadeiro, seja uma árvore, uma planta, uma casa, seja um relacionamento entre pessoas ou qualquer forma de harmonia. Quando alguém destrói, ou deixa uma coisa boa perder o valor, deteriorar-se ou danificar-se, seja ela matéria ou imaterial, estará cooperando com as forças negativas e destrutivas do mundo. É mister usar todas as oportunidades para impedir que essa coisa se estrague, seja qual for o seu valor.

5. A criação
significa a necessidade que tem o homem de usar seus poderes criativos, já que o seu papel no planeta é continuar a obra do Criador. Cumpre-lhe, portanto, tentar fazer alguma coisa original e criativa, algo novo e diferentes, tão amiúde quanto lhe for possível, seja um invento de alguma espécie, seja uma obra de arte, enfim, qualquer coisa que venha a beneficiar outrem.


6. A vida
eterna diz respeito à sinceridade do homem para consigo mesmo e para com os outros em tudo o que faz e para com todos os que venha a conhecer. Ele precisa ser profundamente sincero na análise do seu relacionamento, na sua compreensão e na utilização de todas as forças da natureza e do cosmo; e deverá haver todos os esforços para avaliar-se com a máxima honestidade, visto que ele, com efeito, não racionaliza nem justifica as coisas que faz, diz ou pensa.

7. O trabalho
é a precondição de muitos outros valores. Significa a execução das tarefas diárias com zelo e eficiência. É uma contribuição do indivíduo para a sociedade e um pré-requisito de felicidade para todas as pessoas interessadas, pois quando alguém não leva a cabo o seu trabalho convenientemente, outros terão de fazê-lo. O homem tem de aprender a experimentar um sentimento de profunda satisfação no trabalho, de modo que possa devolver à sociedade tudo o que dela recebe.

8. A paz
há de ser criada e conservada por todos os indivíduos dentro e em torno de si, para poderem ser instrumentos na ajuda à prevenção da desarmonia, da inimizade e das guerras, uma vez que a condição de toda a humanidade depende da condição de cada um dos seus átomos, isto em todos indivíduos que a compõem. Estes irão sentir profundamente a necessidade da paz interior e de fazer quanto lhes for possível para estabelecê-la e mantê-la onde quer que estejam.

A pessoa que proceder a uma avaliação de si mesmo de acordo com esses dezesseis elementos de vida, conhecerá claramente onde seu desenvolvimento pessoal pode ser melhorado e de que maneira ela pode contribuir mais plenamente para a evolução do gênero humano.

Se o fizer, progredirá ainda mais na direção da sua meta final, a meta rumo à qual toda a humanidade se move: a união com o Pai Celestial.



“Alcancei a visão interior e através do Teu espírito em mim ouvi o Teu segredo maravilhoso. Através da Tua mística introvisão, fizeste uma fonte de conhecimento crescer dentro de mim, uma fonte de poder, deixando fluir livremente águas vivas, uma torrente de amor e sabedoria oniabrangente como o esplendor da Luz eterna.”

Extraído do “Livro dos Hinos” dos Manuscritos do Mar Morto

















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A quem interessar possa, aqui um link para a íntegra de onde vem este ensinamento
Um index completo com os principais temas que abrangem as obras de Gurdjieff
Mais um link para quem aceita o estudo do pensamento de G, um esquema de seu trabalho

A Paz Sétupla

A Paz Sétupla dos essênios era a soma dos seus ensinamentos interiores. Sua Árvore da Vida e as Comunhões ensinavam o relacionamento com as catorze forças dos mundos visíveis e invisíveis. A Paz Sétupla explica o relacionamento com as partes do seu próprio ser e com os seus semelhantes, mostrando-lhes como é possível criar a paz e a harmonia nas sete categorias da vida. Para os essênios, harmonia significava paz. Eles tinham para si que a vida humana pode ser dividida em sete setores: físico, mental, emocional, social, cultural, o relacionamento com a natureza e o relacionamento com todo o cosmo. Afirmava-se que o homem tem três corpos que funcionam em cada um desses setores: um corpo ativo, um corpo sensível e um corpo pensante. O poder mais alto do corpo pensante é a sabedoria. O poder mais alto do corpo sensível é o amor. E a função do corpo ativo consiste em traduzir a sabedoria do corpo pensante e o amor do corpo sensível em ação no mundo social e cultural da pessoa e na utilização que faz das forças terrestres e celestiais. A Paz Sétupla explica a utilização desses poderes e forças com a máxima clareza. Todos os dias, ao meio-dia, levava-se a cabo uma Meditação sobre um aspecto da Paz; e todo Sábado era coletivamente dedicado a um deles, de modo que o ciclo inteiro, que cobria todas as fases da vida do homem, se completasse num período de sete semanas.


“Que Ele te abençoes com todo o bem, que Ele te preserve de todo o mal e ilumine o teu coração com o conhecimento da vida e te favoreça com a sabedoria eterna E que Ele te dê Sua bênçãos Sétuplas Para a Paz sempiterna.”

Extraído do “Manual de Disciplina” dos Manuscritos do Mar Morto




A Única Lei 



Os Essênios e Seus Ensinamentos


Desde as eras mais remotas da Antigüidade existe um ensinamento notável que é universal em sua aplicação e eterno em sua sabedoria. Encontram-se fragmentos dele em
hieróglifos sumerianos e nas placas de argila e pedras datadas de oito a dez mil anos atrás.


Alguns símbolos, como, por exemplo, os que indicam o sol, a lua, o ar, a água e outras forças naturais procedem de uma era ainda mais remota, que antecedeu ao cataclismo que encerrou o período Plistoceno. Por quantos milhares de anos antes disso existiu o ensinamento não se sabe.
Estudar e praticar o dito ensinamento é despertar novamente dentro do coração de todo homem um conhecimento intuitivo que pode resolver seus problemas individuais e os problemas do mundo.


Traços do ensinamento aparecem em quase todos os países e religiões. Seus princípios fundamentais foram ensinados na antiga Pérsia, no Egito, na Índia, no Tibete, na China, na Palestina, na Grécia e em muitos outros países. Mas ele foi transmitido na sua forma mais pura pelo essênios, misteriosa irmandade que viveu durante os dois ou três últimos séculos antes de Cristo e no primeiro século da Era Cristã junto ao Mar Morto, na Palestina, e junto ao Lago Marótis, no Egito. Na Palestina e na Síria, os membros da irmandade eram conhecidos como Essênios e, no Egito, como Terapeutas, ou curadores.


A parte esotérica do seu ensinamento pode ser encontrada na Árvore da Vida, nas Comunhões e na Paz Sétupla. O ensinamento exotérico, ou externo, aparece no “Evangelho Essênio da Paz”, no “Gênesis, uma interpretação essênia”, em “Moisés, o Profeta da Lei” e no “Sermão da Montanha”.


Afirma-se que é desconhecida a origem da irmandade, e incerta a derivação do nome.


Acreditam alguns que esse procede de Esnoque, ou Enoque, que seria o fundador da irmandade, tendo sido dada primeiro a ele a sua Comunhão com o mundo angélico.
No entender de outros o nome provém de Israel, os eleitos do povos, aos quais Moisés revelou as Comunhões no Monte Sinai, onde lhe tinham sido demonstradas pelo mundo angélico.


Seja, porém, qual for a sua origem, o certo é que os essênios viveram por muito tempo como irmandade, talvez debaixo de outros nomes em outros países.
O ensinamento aparece no Zend Avesta de Zoroastro, que o traduziu num modo de vida seguido durante milhares de anos. Ele encerra os conceitos fundamentais do Bramanismo, dos Vedas e dos Upanixades; e os sistemas iogues da Índia derivaram da mesma fonte. Mais tarde, Buda tornou conhecidas essencialmente as mesmas idéias básicas e a sua sagrada árvore Bodhi se relaciona com a Árvore da Vida dos essênios. No Tibete, o ensinamento, mais uma vez, encontrou expressão na Roda da Vida tibetana.


Os pitagóricos e estóicos, na Grécia antiga, também seguiam os princípios dos essênios e muita coisa do seu modo de vida. O mesmo ensinamento foi um elemento da cultura adônica dos fenícios, da Escola Alexandrina de Filosofia, no Egito, e contribuiu largamente para muitos ramos da cultura ocidental, a Franco-maçonaria, o Gnosticismo, a Cabala e o Cristianismo. 


Jesus interpretou-o na sua mais sublime e bela forma nas sete Bem-aventuranças do Sermão da Montanha.


Os essênios viviam nas margens de lagos e rios, longe das cidades, grandes ou pequenas, e praticavam um estilo de vida comunal, partilhando igualmente de tudo. Eram sobretudo agricultores e arboricultores, donos de vasto conhecimento sobre safras, solo e condições climáticas, que lhes permitia criar uma grande variedade de frutas e vegetais em áreas relativamente desérticas e com um mínimo de trabalho.


Eles não tinham criados nem escravos e, pelo que se dizia, foram o primeiro povo a condenar a escravidão, tanto em teoria quanto na prática. Não havia entre eles ricos nem pobres, visto que ambas as condições eram por eles consideradas afastamento da Lei. O sistema econômico dos essênios, estabelecido por eles mesmos, baseava-se inteiramente na Lei, além de mostrar que todos os alimentos e necessidades materiais do homem podem ser conseguidos sem lutas, por meio do conhecimento da Lei.


Passavam muito tempo entregues ao estudo não só dos escritos antigos mas também dos ramos especiais do saber, como a educação, a arte de curar e a astronomia. Dizia-se que eles eram os herdeiros da astronomia caldaica e persa e da arte de curar dos egípcios.


Conhecedores profundos da profecia, preparavam-se para exercê-la por meio de um jejum prolongado. E mostravam-se igualmente eficiente no uso de plantas e ervas para a cura de homens e animais.


Levavam uma existência simples e regular, levantando-se todos os dias antes do nascer do sol, a fim de estudar e comungar com as forças da natureza, banhando-se em água fria como se fosse um ritual e envergando roupas brancas. Depois do labor cotidiano nos campos e vinhedos, compartiam das refeições em silêncio, precedendo-as e encerrando-as por uma oração. Inteiramente vegetarianos no comer, nunca tocavam em alimentos de carne e em líquidos fermentados. Suas noites eram devotadas ao estudo e à comunhão com as forças celestiais.


O anoitecer era o princípio do dia deles e o Sábado, ou dia santo, principiava no anoitecer de sexta-feira, início da sua semana. Esse dia era consagrado ao estudo, à discussão, ao entretenimento de visitantes e à execução de certos instrumentos, réplicas dos quais foram encontradas.


O modo de vida dos essênios lhes permitia viver até a idade avançada de 120 anos, ou mais, e comentava-se que eles possuíam uma força e uma resistência maravilhosas. Em todas as suas atividades expressavam um amor criativo.


Eles enviavam para fora curadores e mestres, escolhidos entre os membros da irmandade, entre os quais figuraram Elias, João Batista, João, o Bem-amado, e o grande Mestre essênio, Jesus.


Só se obtia a qualidade de membro da irmandade após um período probatório de um ano e após três anos de trabalho iniciatório, seguido de mais sete, em que se recebia o pleno ensinamento interior.


Crônicas a respeito do modo de vida essênio chegaram até nós através de escritos dos contemporâneos. Plínio, naturalista romano, Filo, filósofo alexandrino, Josefo, historiador e soldado judeu, Solano e outros falaram deles variadamente, chamando-lhes “linhagem que se formou por si mesma, mais notável do que qualquer outra no mundo”, “os mais antigos dos iniciados, que recebem ensinamentos diretamente da Ásia Central”, “ensinamentos perpetuados durante um espaço imenso de séculos”, “santidade constante e inalterável”.




Os ensinamentos que Moisés apregoou no Monte Sinais foram praticados mil e quinhentos anos depois pelas Irmandades essênias na Palestina e no Egito.
Compreender-lhes as lições é compreender os valores que as práticas essênias têm para o homem hoje em dia. Moisés foi quem deu a Lei, a Lei Única. Ele instituiu o monoteísmo, que viria a ser não somente o dogma fundamental das Irmandades essênias, mas também de toda a civilização ocidental. A informação mais autorizada que temos a respeito de seus ensinamentos procede das próprias Irmandades.


A tradição dos essênios divide a vida de Moisés em três períodos que simbolizam as experiências de vida de todo homem. No primeiro período de quarenta anos, durante os quais viveu como um príncipe do Egito, ele seguiu o caminho da tradição, adquirindo toda a educação e conhecimentos disponíveis naquele tempo. Estudou os rituais de Ísis, de Amon-Rá e de Osíris, os Preceitos de Pta Hotep, o Livro Egípcio dos Mortos e as tradições carreadas do Oriente para o Egito, centro cultural do mundo naquele tempo. Em nenhum dos seus estudos, porém, encontrou ele o dinamismo interior ou o princípio unificador que explicasse o universo e os problemas da vida.


No segundo período ele passou quarenta anos no deserto, seguindo o caminho da natureza, estudando o livro da natureza, como fizeram muitos grandes gênios e profetas,
incluindo Jesus. Na imensa vastidão do deserto, com sua solidão e silêncio, produziram-se grandes verdades interiores. Nesse período, Moisés descobriu a Lei Única, a totalidade de todas as leis. Constatou que essa mesma Lei governava o universo inteiro. Para ele foi o maior de todos os milagres descobrir que tudo opera debaixo da mesma lei. Em seguida, acudiu-lhe a idéia da totalidade das leis. E a essa totalidade deu o nome de A Lei, escrita com “L” maiúsculo.


Ele primeiro observou que o homem vive num universo dinâmico, que muda constantemente; as plantas e os animais crescem e desaparecem; as luas crescem e mínguam. Não há nenhum ponto estático na natureza nem no homem. Ele viu que a Lei se manifesta em perpétua mudança, e que, por trás da mudança, há um plano de Ordem Cósmica numa vasta escala.


Moisés acabou compreendendo que a Lei é o maior e o único poder no universo e que todas as outras leis e todas as outras coisas fazem parte da Lei única, que não está sujeita a nenhuma outra lei ou leis. Eterna, indestrutível, é insusceptível de derrota. Uma planta, uma árvore, um corpo humano ou um sistema solar tem, cada qual, suas próprias leis, matemáticas, biológicas ou astronômicas. Mas o único poder supremo, a Lei, está por trás de todas elas.


A Lei governa tudo o que acontece no universo e em todos os outros universos, toda atividade, toda criação, mental ou física. Governa tudo o que existe em manifestação física, em energia e poder, em consciência, todos os conhecimentos, todos os pensamentos, todos os sentimentos, toda a realidade. A Lei cria a vida e cria o pensamento.
A soma total da vida em todos os planetas do universo foi designada pelos essênios como o oceano cósmico da vida. E a soma total das correntes de pensamento no universo foi denominada o oceano cósmico do pensamento, ou consciência cósmica, na terminologia mais moderna.




O oceano cósmico da vida e o oceano cósmico do pensamento


Formam uma unidade

Dinâmica da qual o homem é parte inseparável. Todo corpo pensante de todo indivíduo está em constante comunhão interior com essa unidade. Todo ser humano é parte individualizada da unidade. Essa unidade é a Lei, a Luz Eterna, de que falou Moisés.
Moisés viu a Lei violada em toda parte. O Egito tinha sido construído em nenhuma consideração por ela. A despeito do grande poder militar e político da nação, não havia
nenhuma lei de igualdade. A miséria e a escravidão existiam em toda a parte; ricos e pobres sofriam igualmente de opressão, epidemias e pragas. Ele aprendeu que a ignorância da Lei, das leis da natureza, era responsável por todos os males, e que tanto os governantes quanto os governados eram igualmente merecedores de censura.
Tornou-se evidente para Moisés que tudo o que se cria em decorrência de um afastamento da Lei se destrói a si mesmo, e com o tempo desaparece. Somente a Lei é eterna.


O terceiro período da vida de Moisés, o Êxodo, começou quando ele decidiu dedicar o restante de seus dias à compreensão e aplicação da Lei, e à tarefa de levar a humanidade a harmonizar-se com ela. Ele reconheceu a enormidade da incumbência que impunha a si mesmo tentando fazer que não só as massas ignorantes mas também os governantes presunçosos aceitassem a Lei e vivessem em harmonia com ela. Obstáculos aparentemente insuperáveis se deparam a todos os reformadores do mundo, quando a idéia pura encontra a força que se lhe opõe na inércia da mente humana e na resistência do poder entrincheirado.


Isso representa uma revolução do dinâmico contra o estático, dos valores mais elevados contra os pseudovalores, da liberdade contra a servidão, e não se limita a uma época da história, nem à humanidade como um todo, mas ocorre repetidamente na vida de cada homem individualmente.


Quando Moisés chegou à conclusão de que não poderia mudar os governantes egípcios nem as massas do povo, voltou-se para a pequena minoria, o povo escravizado e
oprimido de Israel, na a esperança de convencê-lo e fundar uma nova nação baseada inteiramente na Lei. Foi ele a única figura, em toda a história universal, que fundou uma nação nessas condições.


Moisés via o universo como uma Ordem Cósmica gigantesca, em que existiam fontes inesgotáveis de energia, conhecimentos e harmonia à disposição do homem. Ele se lembrava sempre das duas lendas de Jacó, seu antepassado, que lutara com um anjo e o vencera e, mais tarde, tivera uma visão de anjos que subiam e desciam uma escada entre o céu e a terra.
Identificou esses anjos com as forças da natureza e os poderes da consciência do homem e percebeu que essas forças e poderes eram o elo de ligação entre o homem e Deus. E identificou Deus com a grande Lei universal.


Moisés chegou à conclusão de que, se o homem quiser alcançar a Deus, terá de senhorear primeiro todas as forças que são manifestações de Deus, da Lei. Ele queria fazer o seu povo “forte com a Lei”, que é o significado da palavra Israel. E queria criar um sistema de vida que possibilitaria aos membros do seu povo vencer os anjos, como o fizera Jacó, seu antepassado. Tal era o fundamento da ciência oculta, como hoje se denomina, da ciência dos anjos, mais tarde batizada com a denominação de angelologia.


Queria Moisés que seus seguidores compreendessem que estão em contato constante, a cada momento de sua e em todos os pontos do seu ser, com todas as forças da vida e com o universo visível e invisível; e que, se contatassem de forma consciente esses poderes e se tornassem cônscios deles, gozariam de saúde perfeita, felicidade, e harmonia de corpo e mente, em todos os departamentos de sua existência.




O que a história tradicional não conta



O método de estabelecer contato com essas forças estava gravado nas duas tábuas de pedra que ele trouxera do alto do Monte Sinai, mas que destruiu ao descobrir que as massas do povo não estavam prontas para os ensinamentos, do mesmo modo que as massas da humanidade não estão preparadas para eles nos dias de hoje e talvez não venham a estar por muitas gerações vindouras. Mas ensinou aos poucos que estavam prontos o método gravado nas tábuas, as Comunhões com os anjos, que havia sido preservado, através dos séculos, nas Irmandades essênias e que ainda hoje pode ser praticado pelo homem.
Isso foi uma parte dos ensinamentos esotéricos ministrados por Moisés e praticados nas Irmandades essênias cinco séculos antes da era cristã.



Nas tradições essênias ulteriores, a idéias abstrata da Lei foi transmitida pelo símbolo de uma árvore, chamada Árvore da Vida.

Moisés recebera uma grande revelação ao avistar a sarça em chamas no deserto. Esta representava dois aspectos da vida universal: calor e luz. O calor do fogo simbolizava o fogo da vida, a vitalidade no mundo material. A luz, símbolo da consciência do homem, representava a luz da sabedoria à qual se opõem as trevas da ignorância no universo imaterial. Juntos, eles representam o universo inteiro e a idéia de que o homem, no centro, atrai a vida e a vitalidade de todas as forças do cosmo.


Os essênios tinham por símbolo dos seus ensinamentos a Árvore da Vida, que lhes figurava, de forma concreta, que o homem era uma unidade de energia, pensamentos e
emoções e uma unidade de força vital, que comungava de contínuo com a totalidade das energias do universo. Moisés queria ver o homem vivendo em harmonia com as leis que governam todas essas energias, dentro e fora de si, cônscio delas e utilizando-as em todos os momentos da vida.


Em seu estudo da totalidade da Lei, logrou Moisés um conhecimento intuitivo da origem do mundo e do princípio de todas as coisas. Desse princípio de todas as coisas derivou ele as leis para a vida de todos os dias. Ficou sabendo que todas as coisas são partes do todo, postas juntas umas das outras, de acordo com a lei; e que os sete elementos, ou forças básicas da vida, apareciam em sete grandes ciclos da criação, um elemento em cada ciclo. Ele agrupou os dias da semana num ciclo correspondente de sete, considerando que cada dia correspondia a um elemento diferente. Isso era simbolizado nas tradições essênias pelo castiçal de sete braços, cujas velas se acendiam de sete em sete dias, no sábado, para lembrar ao homem os sete ciclos, as sete forças básicas do mundo visível e os sete poderes básicos do mundo invisível da consciência do homem.


As Três fases essenciais da evolução





Os três períodos da vida de Moisés, em que ele descobriu a Lei e suas manifestações, representam os três períodos em que se pode dividir a vida de quase todos os homens. O primeiro, o Egito, foi chamado o período da servidão, das trevas da ignorância, quando o livre fluxo de energia vital é obstruído pela ignorância e pelos falsos valores. O Egito da humanidade, sua escravidão, consiste na totalidade dos afastamentos da Lei.
O segundo período da vida de Moisés corresponde ao deserto na vida do indivíduo, quando seus falsos valores caem por terra e ele nada vê senão o vazio à sua frente. É nesse período que o homem necessita mais urgentemente da orientação interior, a fim de encontrar o caminho que o levará de volta à Luz, à Lei.



O terceiro período, o Êxodo, é possível para todo homem. Há sempre a Luz que indica o caminho para o êxodo. O Egito da servidão do homem nunca é eterno. O Êxodo, para
Moisés, durou quarenta anos, mas era apenas o início do caminho da intuição, o caminho onde ele aprendia a viver em harmonia com as leis da vida, da natureza e do cosmo. Um êxodo para a humanidade só pode ser levado a cabo através dos esforços acumulados de muitas pessoas no correr de muitas gerações.



“Mas ele pode ser realizado e o será. Há sempre uma Canaã, que, longe de ser uma utópica mítica, é uma realidade viva. O êxodo representa o caminho que conduz a Canaã, o caminho que Moisés percorreu iluminado pelas práticas essênias”.








"Agradeço-Te, Pai Celestial,
porque Tu me colocaste na origem de rios fluentes,
na fonte viva de uma terra seca,
regando um jardim eterno de maravilhas,
a Árvore da Vida, mistério dos mistérios,
que produz ramos perpétuos para o eterno plantio
para enterrar raízes na corrente da vida
de eterno manancial.
“E Tu, Pai Celestial,
protege-lhe os frutos
com os anjos do dia
e da noite
e com chamas de Luz eterna que brilham em toda a parte.”

“Extraído dos “Salmos de Ação de Graças”
dos Manuscritos do Mar Morto VIII
(vii. 4-12)


continua …
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