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“Não há homem imprescindível, há causa imprescindível. Sem a força coletiva não somos nada” - blog da retórica magia/arte/foto/imagem.

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Mentiras do marketing no mundo criativo da fotografia

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Truques e mentiras do marketing no mundo criativo da fotografia

As dez mais sórdidas práticas e técnicas do marketing e do business da arte publicitária que você deve conhecer ou já sentiu na pele.

No dia-a-dia da fotografia profissional, ou quem trabalha como profissional liberal, artes plásticas, publicitário ou resumindo planeja, cria e executa idéias, ou seja, aquele profissional que muitas vezes é responsável sozinho pelo seu sustento, fruto de seu trabalho e talento, já acostumado com os obstáculos da profissão e com os noticiários dos jornais sobre o desce e sobe da economia, apreensivo com as estatísticas de oferta de trabalho… Não o bastante tudo isso, ainda temos que nos deparar com “espertinhos e malandros” de plantão, que de uma forma ou de outra, tentam jogar uma conversa mole e levar nosso trabalho a preço de banana. Ou outras vezes, e não raras, até levar sem pagar nada.
Mas antes, vale apena conferir uma listinha básica que encontrei na web que numera as práticas mais abusivas e enganosas praticadas por este tipo de cidadão, muito bem apresentado socialmente, mas por de trás daquele terno e gravata, status e das aparências, nem sempre encontramos um caráter a altura do meramente visual.
Qualquer semelhança com alguém conhecido seu, não é mera coincidência:

1) Faça esse trabalho barato (ou de graça) e no próximo pagaremos melhor

Nenhum profissional que se preze daria seu trabalho de mãos beijadas na esperança de cobrar mais caro mais tarde. Você consegue imaginar o que um advogado diria se você dissesse: “me defenda de graça dessa vez que na próxima vez que eu precisar de um advogado, eu te chamo e pago melhor”.
Ele com certeza iria ir da sua cara.

2) Nós nunca pagamos 1 centavo antes de ver o produto final

Essa é uma pegadinha. A partir do momento que você foi contratado para fazer o trabalho você DEVE pedir uma entrada. O motivo é simples, você está trabalhando desde o momento que se dispõe a fazer a reunião de briefing.
Talvez um cliente mais experiente queira pagar após ver alguns esboços. Cabe a você aceitar ou não.

3) Esse trabalho será ótimo para seu portfólio! Depois desse você vai conseguir muitos outros

Essa é uma das mais típicas. E costuma fazer vítimas principalmente entre jovens que ainda estão estudando. Para não cair nessa, basta pensar:
“Quanto o seu cliente vai faturar com o seu trabalho?”.
Além disso, não esqueça que, mesmo que ele indique seu trabalho para outras empresas, com certeza ele dirá quanto custou (ou se foi de graça) e imagine o que os próximos clientes irão querer?

4) Olhando para seus estudos e rascunhos:

“Veja, não temos muita certeza se queremos seu trabalho. Deixe esses estudos comigo e vou falar com meu sócio/investidor/mulher, etc...… E depois te dou uma resposta”

Não dou 5 minutos para ele ligar para outros profissionais de criação, fotografia, diretores de arte, designers com seus estudos e conceitos criados na mão barganhando melhores preços. Quando você ligar de novo, ele dirá que seu trabalho está muito acima do mercado e blá blá blá... E que “Fulano Fotógrafo” vai fazer o trabalho.

Mas como eles conseguiram outro profissional mais barato?

Lógico, você já passou toda a idéia de com a foto ou trabalho será feito!

Economizou horas para o novo fotógrafo, novo diretor criativo, designer, redator ou seja lá quem vai pegar o trabalho. Então, enquanto você não entrar em acordo com seu cliente NUNCA DEIXE NADA CRIATIVO no escritório e nas mãos dele!

5) Veja, o job não foi cancelado, somente adiado. Deixe a conta aberta e continuaremos dentro de um mês ou dois

Provavelmente não.
Seria um erro você não faturar o que foi feito até o momento esperando que o trabalho continue depois. Ligue em dois meses e você verá que alguém estará trabalhando no job em seu lugar. E adivinhe!
Eles nem ao menos sabem quem você é... E o dinheiro do início do trabalho, lógico, já era!

6) PARA QUÊ CONTRATO? Nós não precisamos assinar contratos, não somos amigos?

Sim, somos.
Até que alguma coisa dê errada ou ocorra um mal-entendido, e você se transforme no meu maior inimigo e me torne o seu “fotografo estúpido”, o publicitário egocêntrico, o diretor de merda... Aí o contrato é essencial! Simples assim!
Ao menos que você não ligue em não ser pago. Qualquer profissional usa um contrato para definir como será o trabalho e você deve fazê-lo também.

7) Envie-me a conta depois que o material for pra gráfica

Por que esperar por esse “deadline” irrelevante?
Você é honesto, não? Por que você deveria ficar preso a esse “deadline”?
Uma vez entregue o trabalho, fature! Essa desculpa possivelmente é uma tática para atrasar o pagamento. Assim suas fotos vão pra gráfica, lá efetuam alterações na sua imagem, o cliente alega que precisou de outro profissional, pois seu material não estava adequado para impressão e pronto.

8 ) O último profissional de fotografia, designer, criativo, fez esse job por “X”

Isso é totalmente irrelevante.
Se o último fotografo profissional era tão bom por que ele te chamou?
E quanto o outro cobrava não significa nada pra você. Pessoas que cobram muito pouco pelo seu tempo ou trabalho acabam fadadas ao insucesso (por auto-destruição financeira). Faça um preço justo, ofereça no máximo 5% de desconto e não abra mão disso.

9) Nosso orçamento para esse job é de “X” Reais

Interessante, não?
Um cara sai para comprar um carro e sabe exatamente quanto ele vai gastar antes mesmo de fazer uma pesquisa. Uma quantia de trabalho custa uma quantia de dinheiro. Se seu cliente tem menos dinheiro e ainda assim você quer pegar o trabalho, dedique menos horas a ele.
Deixe isso bem claro ao seu cliente, que você dedicará menos tempo que o estimado para finalizar o trabalho porque ele não pode pagar por mais horas. A escolha é sua.

10) Estamos com problemas financeiros. Passe o trabalho para nós e, quando estivermos em melhor situação, te pagamos.

Claro, mas pode contar que, quando o dinheiro chegar, você estará bem lá no final da lista de pagamentos.
Se alguém chega ao ponto de admitir que está com problemas financeiros, então provavelmente o problema é bem maior do que parece. Além disso, você por acaso é um banco para fazer empréstimos?
Se você quer arriscar, pelo menos peça dinheiro adicional pelo tempo de espera. Um banco faz isso, não faz?
Por que provavelmente esse é o motivo deles quererem atrasar seu pagamento, ter 6 meses de dinheiro “emprestado” sem ter que pagar juros, o que não aconteceria se ele tivesse que “pegar emprestado” do banco. Não jogue dinheiro fora!
Bom, o motivo de tudo isso não é deixar você paranóico ou coisa do tipo, mas sim injetar um pouco de realidade no mundo de fantasia da maioria dos profissionais de propaganda, freelancer, publicitários e criativos, que possuem o mínimo de honra e boa conduta moral.
Você certamente vai tratar e trabalhar com pessoas muito diferentes de você. As motivações e atitudes certamente são diferentes.
Vemos, muitas vezes, exemplos de pessoas envolvidas em situações com a mais nobre das intenções e acabam literalmente se dando mal. Porque a maioria dos profissionais de fotografia enxerga os trabalhos como uma oportunidade de fazer aquilo que mais gosta com dedicação, simplesmente porque ama o que faz!
A outra parte não tem a negociação tão idealizada ou romantizada, muito pelo contrário.
Como lidar com todas essas coisas e ainda assim fazer um trabalho criativo?
É por isso que ir atrás da informação é importante. Você aprende a trabalhar com todas as técnicas de fotografia, mas não aprende a arte da negociação.
Muitos profissionais ignoram este aprendizado, o que é um grande erro.
Sugerimos que o mínimo de marketing seja incorporado em sua vida profissional, assim certamente você não sentirá seu trabalho como uma grande perda de tempo e dinheiro.
Para mim, no fim desse jogo sujo – para aqueles que praticam tais “técnicas” e “truques e mentiras do marketing” - só há um caminho:
É “chave de cadeia no malandro” e processo judicial em cima dele para responder à sua falta de moral.
A seguir, pretendo falar sobre outras práticas de mercado estranhas e estratégias de marketing - digamos assim “do mal” - e outras artimanhas de empresas que usam concurso de fotografia, montagem de fotos e outras “técnicas” para agir dentro da lei e conseguir o que querem sem gastar muito. Vamos inclusive discutir essas leis e saber como nos defendermos diante destes desafios para o profissional da fotografia e arte.

O que me preocupa não é o grito dos violentos, mas o silêncio dos justos!

Ainda assim acredito que os bons profissionais e as pessoas do “Marketing do bem” sobreviverão fazendo o que mais gostam: criando.

SOBRE DIREITOS AUTORAIS - materia revista Fotografe Set 2009
Reproduções desautorizadas são recorrentes no Brasil. As pessoas acham que porque as fotos estão ali na mão, podem fazer o que quiserem. A internet é só mais uma mídia para publicação, as questões legais continuam também na grande rede.

Art.29 depende do autor prévia e expressa autorização de utilização da obra em qualquer modalidades...

Com a evolução da tecnologia digital fica impossível cada vez mais diferenciar originais de copias. Obras digitais são maleáveis e permitem manipulações drásticas sem deixar vestígios.
Oras órfãs onde o autor não é identificado não violam as leis de direitos autorais em âmbito internacional. No Brasil ainda sim os direitos permanecem.

As formas de identificação autoral incluem marca d’água, copyrights, nome e data do arquivo, entre outras. Uma tática dos fotógrafos consiste em não divulgar na web suas melhores fotos.
É importante distinguir a conduta de quem cometeu a infração. A obrigação de buscar a autoria da foto/imagem é de quem USA e NÃO do AUTOR.

Processar ou não?

Se uso comercial, não há duvidas da intenção em infringir os direitos do autor para proveito próprio. É uma conduta dolosa. Se uso pessoal vale o livre acordo, bem como solicitar reconhecimento de autoria, ou até a retirada da imagem.

Um exemplo de caso foi a copia de cenas elaboradas num livro mexicano:
“Eles refizeram todo o trabalho conceitual que eu criei, agente tem que lutar pela nossa produção” - diz o fotógrafo lesado que move processo contra os autores do livro.

LEI DE 1988 que rege direitos autorais

Depende da atitude dos autores fazê-las valer, com ações conjuntas das classes afetadas. O fotografo tem conhecimento da lei e direitos mas evita mover um processo para não sofrer retaliações do mercado.

Os fotógrafos devem tomar muito cuidado pois alguns clientes sabem que estão violando os direitos autorais, mas pensam:
“ele precisa de mim, então não vai querer me processar”.

Essa mentalidade tem que mudar e para isso existem as associações, pois sabe-se que processar o cliente não permitirá que outro profissional pegará o trabalho no seu lugar.

Entrar na justiça tem caráter educativo mais que financeiro. As pessoas infringem porque desconhecem de direitos autorais, precisam saber que é ilegal e o fotografo paga suas contas e sobrevive com a fotografia.

É o caso do fotografo Rui Rezende, que teve mais de 1.100 fotos suas do município de Andaraí, de uma cidade baiana, reproduzidas ilegalmente:
“Colocaram meu crédito mas não e pagaram. Cortaram e escreveram em cima das fotos e botaram-nas junto com outras fotos de turistas”.

O editor muda o discurso e torna-se “co-autor”, modifica para caber no espaço especifico do veículo/mídia. Modificações de imagem são recorrentes.

A maior dificuldade enfrentada pelos fotógrafos é a ausência de credito nas fotos. O credito dado é o nome da agencia e não do autor da imagem.

Qualquer alteração na imagem deve sempre ser autorizada pelo autor.

CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Concursos e uso de imagem

Você pode ceder os direitos patrimoniais de suas fotos para companhia de comunicação, mas o credito deve sempre ser respeitado e não pode ser transferido por causa do direito moral.
Direito patrimonial é a exploração comercial da imagem e pode ser cedido ou vendido por tempo determinado segundo a vontade soberana do autor. Já direito moral diz respeito a autoria da imagem e jamais pode ser transferido. Mesmo após a morte do autor, a família detém os direitos morais sobre a obra.

Se a empresa não firmou contrato sobre a cessão de direitos autorais, ela não tem nenhum direito sobre a imagem, mesmo que o fotografo seja contratado e trabalhe com equipamento da empresa.

Em um contrato de cessão toda interpretação jurídica é feita restritivamente, todas as circunstancias da cessão devem ser detalhadas no contrato por escrito. O que não tiver escrito não vale.

Atenção a clausula de cessão de autoria, onde a empresa vai se resguardar de todas as formas. Especial a Cessão de uso fruto em que a companhia usa a imagem quantas vezes quiser sem remunerar novamente o autor.
Um exemplo de cessão por uso fruto normalmente praticado, encontra-se nos diversos concursos culturais e/ou promocionais vinculados a marcas e empresas multinacionais.
Não é raro ver sua imagem publicada nacionalmente num pais do outro lado do oceano, anos depois de participar do “concurso”. Fique ligado nos contratos e regulamentos!


fontes:http://www.focusfoto.com.br
revistafotografe
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_hedonism_taken_serious

by The Hedonist Cover Art: "Portrait of Sun Ra", oil on canvas by Paul David Elsen

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